A banda deve voltar em 2020 com material novo
The XX, o icônico grupo indie de synthpop formado por Romy Madley Croft, Oliver Sim e Jamie XX em Londres, está voltando. O grupo surgiu em 2009 com seu álbum homônimo, em uma versão minimalista de um gênero musical que oferecia aos fãs de indie algo diferente e único.
Seu disco de estreia ganharia o Mercury Music Prize apenas alguns meses após seu lançamento, levando a banda à fama internacional e a datas de turnês mundiais. Seu segundo álbum, Coexist, chegou três anos depois, aclamado pela crítica e estreou no número 1 na parada de álbuns oficiais do Reino Unido, além de fazer brilhar ainda mais a luz de Jamie XX, que assumiu também o papel de produtor.
O The XX teve alguns momentos de atenção no Brasil, primeiro em 2014 quando uma de suas músicas “Angels” do disco Coexist fez parte da trila sonora da série “Amores Roubados” da rede Globo, a mesma emissora que colocou a banda na trilha de uma de suas novelas no ano seguinte. Em 2017, The XX fez uma apresentação no Lollapalooza Brasil que foi bastante elogiada, tida como uma das melhores performances no festival daquele ano.
Com pausas longas entre cada lançamento, o The XX apresentou seu último trabalho, I See You, em 2017, com o qual veio excursionar no Brasil. Este disco mais uma vez chegou ao número um – mais uma vez com Jamie XX assumindo uma liderança ainda mais forte na produção e mixagem do álbum. Agora, a medida que surge outra lacuna de três anos entre os álbuns, o The XX revelou suas intenções de retornar em 2020 com material novo.
Nas mídias sociais a banda disse: “Ansiosos para 2020! Estamos trabalhamos em novas músicas, mal podemos esperar para compartilhar com vocês! Espero que você tenha um ótimo ano.” A mensagem chega depois que o cantor do XX, Oliver Sim, revelou a Matt Everitt, na BBC Radio 6 Music, que o grupo estava “se escondendo” nos bastidores. “Trabalhei muito com Romy nas últimas duas semanas”, disse Sim à estação de rádio. “Eu trabalhei muito com Jamie, mas ainda não tivemos aquele momento em que nós três estamos na sala juntos”, acrescentou.
Agora, enquanto nos preparamos para o retorno da banda, é hora de revisitar algumas das músicas que Jamie XX coloca como importantes em sua progressão como músico e produtor. Jamie, que lançou dois discos solo no intervalo dos trabalhos do The XX, contou à revista eletrônica Complex quais são as oito músicas mais significativas para ele.
Quando perguntado sobre qual música ele escolheria para relaxar, Jamie lembrou de “Blues Helping” da Love Sculpture: “A maior parte da minha coleção de discos é de Soul dos anos 60 e 70”, ele disse: “Este é do meu pai. Um disco de blues dos anos 60, mas um com adolescentes brancos cantando. É bom para ouvir tarde da noite, bebendo uísque.”
Refletindo sobre sua carreira até o momento, Jamie comentou algumas das músicas que ele mais se orgulhava de fazer – uma conversa que levou à recordação de seu remix de “Bloom” do Radiohead: “Este foi um passo importante para mim naquele momento [na carreira de XX]. Eu entrei em um novo domínio, o de fazer dance music ”, ele disse. “Thom Yorke me enviou um e-mail legal, me pedindo para fazer, e então eu pude conhecê-lo quando tocamos no Boiler Room juntos. A pressão foi alta, mas me senti muito honrado por poder fazer isso.”
Se liga na seleção de músicas por Jamie XX:
Música para relaxar:
Love Sculpture, ‘Blues Helping’
Música que mais dá orgulho ter feito:
Radiohead, ‘Bloom (Jamie xx Rework Part 3)’
Álbum que fez ele querer participar da produção do disco:
Burial, Burial
Música favorita com Steel Drum*:
Steel An’ Skin ‘Afro Punk Reggae Dub’
Faixa de “garagem” do Reino Unido que ele não para de ouvir:
DJ Zinc ‘138 Trek’
Álbum que o inspirou enquanto fazia o In Colour:
Walls, Walls
Faixa que une tudo que ele ama na cultura da rave no Reino Unido:
Jamie XX, ‘All Under One Roof Raving’
Música favorita do seu selo, XL Recordings:
Roy Davis Jr. f/ Peven Everett ‘Gabriel’
Música garantida para quando é DJ:
Bileo, ‘You Can Win’
Música que o deixa animado com a música Dance:
C.P.I., ‘Proceso (Barnt Remix)’
“É maravilhoso”, disse Jamie ao falar sobre Roy Davis Jr. f/ Peven Everett. “Não ouço nenhuma música que não pareça pelo menos um pouco orgânica e humana. Não gosto do som de uma bateria eletrônica e de um sintetizador apenas. Tem que soar original e ter um toque humano.”
*Steel Drum ou, tambor de aço, é um instrumento originário de Trinidad e Tobago utilizado para percussão. É bastante usado em ritmos caribenhos, mas também no reggae e jazz.
Por Ricardo Leite com informações da Far Out Magazine