Embora já estivessem no jogo há mais de duas décadas, os créditos de produção da Daft Punk como dupla permanecem bastante escassos. Eles estavam atrás das mesas em algumas das faixas do “Yeezus”, disco de Kanye West, então pularam no “Gust Of Wind” de Pharrell Williams e, claro, tocavam o “Star Boy” uber-sexy da The Weeknd. Então, se os robôs se envolverem com alguma banda/artista, você sabe que provavelmente o trabalho é bastante decente.
Não é de se estranhar que o grupo de Aussie, na Austrália, Parcels estão felizes em compartilhar o mais recente single deles “Overnight”, produzido por Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo, vulgo os gênios produtores franceses.
Como você deve estar esperando, a faixa traz guitarras funkeadas e vocais sonhadores. Apesar do dedo do Daft Punk na produção, é possível perceber que eles permanecem os Parcels, com a nota tropical que é marca registrada da banda.
Confira a entrevista com a banda!
Como rolou a parceria entre a Parcels e o Daft Punk?
No começo de 2016, nós tocamos nosso primeiro show na França em um suado e pequeno clube que ficava num porão no centro de Paris, que lotou com uma multidão selvagem. Em algum momento – sem o nosso conhecimento – dois robôs entraram discretamente para observar. A conexão foi então feita.
Como foi estar no estúdio com eles?
Foi muito inspirador. Mais surpreendente foi a natureza da parceria. Apesar do óbvio status que o Daft Punk carrega nunca houve questões de ego no estúdio. Do começo ao fim, foi uma parceria de igual pra igual sem pressão, apenas um desejo de criar algo significativo juntos. Isso nos deu um monte de confiança em nós mesmos, assim como respeito por eles dois.
Vocês esperam continuar trabalhando juntos?
Nós temos muita esperança e planos para o futuro e, com ou sem os Robôs, nós estamos muitos animados em ter realizado isso com eles!
Qual foi a maior lição que vocês aprenderam dessa experiência?
Essa experiência confirmou para nós que há artistas na cena atual que valorizam a simples beleza da criação da música baseada em emoção. Que seguem sem expectativas, sem pressão, sem estruturas e trabalham sem egoísmo. Mas, artistas que simultaneamente mergulham no efeito emocional de cada nota e não deixam nenhuma pedra sem ser trabalhada no processo de composição. Para criar a vibração certa, nada é calculado, mas tudo é pensado.
Da redação com informações da NME