[Por Magdalena Bertola]
Quem: Blaqk Audio. Uma dupla que já não é nova no cenário musical, na verdade, é um projeto de música eletrônica de dois membros de uma já famigerada banda do cenário hardcore e punk da Califórnia, o AFI.
De onde vem: Oakland, Califórnia. O estado norte-americano é conhecido como um dos polos do hardcore e punkrock.
Quem vai gostar: Fãs de William Control, De/Vision e Blutengel, além de quem curte um bom eletrônico com pegada oitentista.
O que já fizeram: O vocalista e o baixista do AFI, Davey Havok e Jade Pudget, respectivamente, são amigos desde antes da fundação do AFI, e como são bons no que fazem, decidiram se juntar em uma nova empreitada, dessa vez se aventurando na música eletrônica. O Blaqk Audio já possui dois discos, CexCells (2007) e Bright Black Heaven (2012).
Pra quem curte, é legal saber que, Em 2007, Dave Puget colaborou com a banda alemã Tokio Hotel, em um remix chamado “Ready, Set, Go! (AFI/Blaqk Audio Remix)”, e, em 2012, a dupla fez uma turnê na Austrália e na Nova Zelândia como banda de apoio do Evanescence. Também já tocaram com o No Doubt e o Grouplove.
Porque ouvir: Sinceramente, o Blaqk Audio não é feito de prêmios e nem de milhares de aparições, mas sim de um synthpop bem trabalhado, com clara influência das bandas góticas e eletrônicas dos anos 80, e do tipo de música que seria facilmente tocado – e dançado – em várias baladas alternativas pelo mundo. Uma curiosidade é que Havok e Puget já trabalhavam nas músicas do projeto eletrônico muito antes de seu lançamento, e até antes do lançamento do álbum Sing The Sorrow, do AFI, que os lançou para a fama em 2003.
Por onde começar: pela minha favorita “Where Would You Like Them Left?”, que tem uma pegada bem mais pra eletrogoth, além de uma atmosfera um tanto, digamos, sensual. Depois passe para “Cities of Night”, que tem uma batida gostosa e um sintetizador que lembra, de longe, um pouco de Devo, mas com vocal bem característico de Davey Havok. “Stiff Kittens” é ótima para dançar e lembra bastante bandas góticas eletrônicas. Aliás, todo o álbum Cex Cells lembra. Já “The Fear of Being Found” é bem o tipo de música pra se ouvir no caminho de casa, depois daquela super balada regada à muita dança. Um som mais calminho mas que não deixa de ser muito bom.
No segundo álbum, inicie com a primeira faixa, “Cold War”, mas só se estiver disposto a agitar o esqueleto, o mesmo acontece com “Fade to White”. A terceira faixa, “Faith Healer”, continua na mesma pegada da dupla, e quem já curtiu, não vai se arrepender.