[Por Natasha Ramos]
A Coyotes California é uma daquelas bandas que lhe soa familiar aos primeiros acordes. Não dá para não lembrar de Red Hot Chili Peppers ao ouvir os grooves das músicas de Hello Fellas, disco de estreia da banda.
Formada em 2007, pelos amigos do bairro Ermelino Matarazzo (zona leste de São Paulo), Falcão Moreno (vocais), Fabiano Rodrigues (bateria), Cássio Murilo (baixo) e William Antonetti (guitarra) fazem uma mistura de rock, funk e rap, com uma pegada californiana (como o próprio nome sugere) e uma malícia brasuca. Se liga no raio-x da banda!
Palco Alternativo: O que os levou a formar a banda?
Coyotes California: Somos amigos desde os anos 90 e criar música, tocar numa banda, é o meio mais excitante e mágico de nos mantermos conectados. O prazer e a felicidade de fazer isso acontecer é o que nos une.
PA:Como se deu a escolha do nome Coyotes California?
CC: Eu (Falcão) acordei com esse nome na cabeça num belo dia rsrs… Era uma época em que eu estava muito influenciado pela cena californiana, principalmente pelas bandas, e então o nome tem muito a ver com isso, além de soar muito bem tanto em português quanto em inglês. Depois, pesquisando sobre coyotes, vi que é um animal que tem os sentidos extremamente apurados e se adaptam a diferentes tipos de ambientes. Gostei disso.
PA: As músicas de vocês têm um bocado do groove de bandas californianas como Red Hot Chili Peppers. Além deles, quais as influências da banda?
CC: Exato. Podemos dizer que nossa maior influência é o Red Hot Chili Peppers e suas diversas fases. Além deles, podemos citar Faith no More, Jane’s Addiction, Fishbone, Infectious Grooves, Rage Against The Machine, Beastie Boys, James Brown, Parliament-Funkadelic, Jimi Hendrix, Stevie Wonder, Chico Science & Nação Zumbi, Charlie Brown Jr., entre outros.
PA: Vocês lançaram o disco de estreia “Hello Fellas”, em 2012, pela Pisces. Fale sobre esse trabalho. Como é o processo de composição das músicas?
CC: Lançamos via web em 2011 e em formato físico pela Pisces Records em 2012. Gravamos no estúdio El Rocha aqui mesmo em SP e gravar o Hello Fellas foi uma experiência muito boa e gratificante. Era um sonho a ser realizado e conseguimos realizar através de muita correria e ajuda de algumas pessoas. Não era a primeira vez que estávamos entrando em um estúdio para gravar, mas foi o primeiro grande trabalho que tínhamos realizado até o momento. Foi divertido.
Sobre a forma que compomos, não há uma regra específica. As músicas nascem de várias formas possíveis, mas a mais comum é alguém trazer uma ideia inicial e em cima dessa ideia começamos a tocar. Naturalmente a música surge (na maioria das vezes). Temos um entrosamento e uma química muito boa.
PA: Em que vocês se inspiram para escrever as letras?
CC: A vida me inspira. O sexo. As mulheres. Os amigos. As ruas, a noite e o caos de SP. A provocação. Minha imaginação transita e flutua por diferentes temas, mas sempre volto ao sexo, que é a coisa mais importante desse mundo. A vida se torna bela quando penso nisso. HÁ!
PA: Há algum fato marcante/curioso ao longo da carreira da banda?
CC: Ainda não pagamos parte do empréstimo que fizemos pra gravar o cd hahahaha… Desculpem-nos! Pagaremos assim que algum de nós ganhar na mega-sena. Tá sussa!
PA: Quais os principais locais onde vocês já tocaram?
CC: Café Aurora, Clube Outs, Sarajevo, Hangar 110 e Void Club, em São Paulo. E no projeto Rock na Vitrine, realizado na Galeria Olido, com curadoria de Luis Calanca, pelo selo Baratos Afins.
PA: Vocês tem previsão de quando lançarão o segundo disco? Podem adiantar algo a respeito?
CC: Estamos colhendo os últimos frutos do Hello Fellas e já estamos compondo e trabalhando dentro das nossas possibilidades em novas músicas. Um novo álbum está bem encaminhado para o primeiro semestre de 2014. É uma necessidade natural, já que estamos com essas novas músicas quase prontas. Provavelmente será um EP. Já temos o nome, mas é claro, não divulgaremos ainda (rsrs).
PA: Quais os planos para o futuro?
CC: Evoluir tanto pessoalmente quanto musicalmente. Amamos música. Amamos criar e tocar ao vivo. É a maior diversão do planeta. Viver apenas disso seria o maior dos sonhos.