Raio-X: a bossa’n’roll da Bicicletas de Atalaia

Bicicletas de Atalaia

[Natasha Ramos]

Com pouco menos de um ano de existência, a banda Bicicletas de Atalaia já leva na bagagem um CD Demo e se prepara para lançar um EP com faixas inéditas no final de maio. Dentre as apresentações, duas foram no Projeto Cedo e Sentado, do Studio SP —e em uma dessas vezes o show foi anunciado no programa do jornalista Gilberto Dimenstein, na CBN. Além disso, a Bicicletas saiu na revista Guitar Player como um dos 10 destaques do MySpace, devido à música “Insomnia”, resenhada e elogiada pelo veterano guitarrista Ciro Visconti. Confira o Raio-X da banda.

Integrantes, influências e nome

A Bicicletas de Atalaia saiu da cabeça dos irmãos Leo e Bruno Mattos, depois do término da banda Rockassetes, da qual faziam parte. O que começou como um projeto na metade de 2009, foi se consolidando como banda após a entrada dos outros três integrantes, que completaram a formação.

“Desde o fim da Rockassetes, Leo e eu já estávamos trabalhando as músicas da Bicicletas, criando arranjos e pensando no conceito do trabalho. Nesse período, estávamos estudando numa escola de música aqui em São Paulo e foi lá que conhecemos toda a rapaziada. Na verdade, o Renan (Sax/Flauta) já havia tocado conosco, fazendo algumas participações na Rockassetes, o Kaneo (Guitarra) e o Ilya (Baixo) conhecemos depois”, explica Bruno Mattos ao Palco Alternativo.

A Bicicletas nasceu em São Paulo, mas, com exceção de Ilya, os integrantes vieram de outras cidades: os irmãos Mattos são de Aracaju (SE), mas se mudaram para a Pauliceia em 2005, Renan, de Bragança Paulista (SP), mora na capital desde 2009, e Kaneo, apesar de ter nascido no Rio, mora aqui “desde sempre”.

O nome da banda, eles explicam, “veio da influência da nossa cidade, Aracaju, cuja praia mais famosa é a Praia de Atalaia, e do desenho As Bicicletas de Belleville, que nos influenciou muito no começo, desde a estética aos direcionamentos musicais. Além disso, ‘Atalaia’ também significa ‘ficar de olho’, ‘de tocaia’, ‘observar’, o que dá uma curiosidade legal ao nome”, explica Bruno.

Músicas, vídeos e shows

Assim como a origem dos integrantes, as inspirações musicais da banda são bem diversas. “Ouvimos quase tudo, de jazz à música pop. Para citar influências diretas na hora de compor: Belle & Sebastian, João Gilberto, Caetano, Novos Baianos, Beatles, Blur, Jorge Ben, Los Hermanos, Wilco e por aí vai.”

O resultado desse caldeirão é claramente notado nas músicas da Bicicletas. Com um pé na bossa-nova e o outro no rock’n’roll, eles tocam uma espécie de “bossa’n’roll”, com músicas mais calmas, vocal suave e linhas de guitarra mais acústica, temperadas ao som de flauta e sax. Com pouco menos de um ano de vida, a Bicicletas já tem um CD demo gravado com 5 faixas que podem ser conferidas no MySpace e Tramavirtual —onde também é possível baixar as músicas. Eles entraram em estúdio novamente para gravar mais 5 faixas que devem entrar no EP homônimo, com lançamento previsto para final de maio.

Dentre as músicas, destaque para “Diga-lhe que mando a meia” —com a qual foram classificados, em fevereiro de 2010, para o 17º Festival de MPB de Certame da Canção do Conservatório de Tatuí— e “Alcoholic Dreams” —cujo videoclipe, dirigido por Rafael Costello (ex-Rockassetes), pode ser conferido aqui.

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Além deste, a banda fez alguns vídeos em stop motion, com produção de Leo Mattos. “A intenção é melhor divulgar nossos shows por meio desses curtas (geralmente de 1min30s) de uma maneira divertida”, explica.

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Além da recente apresentação no Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí, a Bicicletas já tocou no Studio SP, Clube Berlin, Livraria Cultura e Casa do Mancha. “O próximo passo é buscar os festivais independentes Brasil afora, que são fantásticos para intercâmbios entre bandas e mídia especializada”, conta Bruno.

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